"Pela primeira vez na história da nossa luta contra a covid-19 em Angola temos quatro dígitos", disse Sílvia Lutucuta, quando procedia ao balanço da situação epidemiológica do país.
Segundo Sílvia Lutucuta, a província de Luanda, capital do país, continua a ser o epicentro e local de grande preocupação por esta altura, com 995 casos do total registado nas últimas 24 horas.
O país apresenta o cumulativo de 68.362 casos positivos, com 63.925 recuperados, 1.743 óbitos e 2.695 casos ativos.
Relativamente à vacinação, foram administradas 11,1 milhões de doses, das quais 7,2 milhões de primeiras doses e 3,5 milhões de pessoas têm a vacinação completa.
"Continuamos com a grande preocupação da adesão à vacinação, temos cerca de sete milhões de pessoas que ainda não fizeram a sua segunda dose", disse a ministra.
Sílvia Lutucuta apelou para o reforço da vacinação com a terceira dose para as pessoas com mais de seis meses passados da segunda dose.
"Porque a imunidade começa a baixar a partir de seis meses e por esta altura temos 25.393 utentes que já fizeram a sua dose de reforço. Queremos também pedir a toda a pessoa legível a vacinar-se, todas as pessoas com idade igual ou superior a 12 anos", sublinhou.
A governante angolana realçou que a maior parte dos óbitos registados nos últimos tempos são referentes a pessoas não vacinadas.
A titular da pasta da Saúde apelou à calma e ao cumprimento das medidas de proteção individual e coletiva, bem como ao uso da "poderosa arma que é a vacinação".
A covid-19 provocou mais de 5,37 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 89 países de todos os continentes, incluindo Portugal.
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