Angola prevê ano de crescimento económico se baixar incidência da Covid

O Presidente angolano perspetivou para 2022 um bom ano em termos de crescimento económico, realizável se baixarem os níveis de incidência da covid-19, apelando a população a vacinar-se.

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Nisa Mendes
24/12/2021 19:44 ‧ 24/12/2021 por Nisa Mendes

Mundo

João Lourenço

Numa mensagem de Natal, João Lourenço disse que após quase dois anos da pandemia da covid-19, que atingiu com particular severidade todos os países do mundo, é confrangedor constatar que o ano que agora termina, não é ainda o do regresso à normalidade.

Segundo João Lourenço, a realidade dos factos no mundo aponta para uma propagação muito rápida do vírus SARS COV-2 na sua mais recente variante, o que alerta "para a necessidade de se encarar a situação com a seriedade que se impõe".

"O aumento vertiginoso do número de casos nos últimos dias, levou as autoridades angolanas a introduzir um conjunto de medidas preventivas, que, se contarem com a colaboração dos cidadãos, podem nos garantir um início de ano sem grandes sobressaltos e fazer de 2022 o ano do tão almejado regresso à normalidade", frisou.

O chefe de Estado angolano disse que além das medidas restritivas e de biossegurança recomendadas pelas autoridades competentes, a vacinação em massa dos cidadãos, continua a ser a medida mais eficaz na luta contra esta pandemia, sublinhando que o país dispõe de vacinas em quantidade suficiente e à disposição gratuita de todos os cidadãos residentes em Angola.  

"Mais uma vez, apelamos aos cidadãos a comparecerem nos postos de vacinação para apanhar a vacina, e que tenham em conta que só está realmente protegido quem apanhar as duas tomas da vacina, dentro dos prazos que as autoridades sanitárias definiram", referiu.

O Presidente angolano salientou que, em dois anos, esta pandemia prejudicou a vida das pessoas, das famílias, das empresas e das economias mundiais, independentemente da sua robustez, reduziu a produção e oferta de bens e de serviços, encareceu o preço do frete marítimo e estrangulou toda a cadeia logística do comércio mundial, aumentando o desemprego e consequentemente a pobreza e a fome.

"Em termos de crescimento económico, perspetivamos um bom ano de 2022, mas este prognóstico só será realizável se conseguirmos chegar ao mais próximo possível do normal, com níveis baixos de incidência da covid-19, para que as empresas produzam os bens e serviços essenciais para o consumo e para exportar, garantindo assim a manutenção e a criação de novos postos de trabalho", destacou.

João Lourenço expressou um gesto de solidariedade para com os doentes acamados, os internados em lares de acolhimento de crianças e da terceira idade, os sem abrigo, os cidadãos privados da sua liberdade, os aquartelados e todos aqueles não citados, que por diversas razões se vêm privados do convívio familiar.

"Uma palavra de encorajamento e solidariedade para as populações do sul de Angola, do Cunene, do Namibe e da Huíla, vítimas diretas das alterações climáticas cujas consequências são no caso concreto dessas províncias, a seca severa e continuada que ameaça a vida das pessoas e do gado", expressou.

Leia Também: Angola confirma presença da variante Ómicron

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