Citadas pela agência noticiosa France-Presse (AFP), as fontes adiantaram que o suspeito, nascido em 1962, e que residia no estrangeiro, foi detido inicialmente para interrogatório no sul de França.
Acabou por ser indiciado em particular por "conspiração para cometer crimes contra a humanidade, cumplicidade em crimes contra a humanidade e cumplicidade em crimes de guerra" e colocado em prisão preventiva, avançaram as fontes.
As denúncias começaram em março de 2011, ano do início da guerra civil na Síria, e teriam continuado até janeiro de 2018 ou junho de 2019, dependendo dos crimes em questão, acrescentaram as fontes.
Segundo a AFP, o suspeito é acusado de ter, através de uma empresa com sede em diferentes cidades de França e dos Emirados Árabes Unidos, participado no fornecimento de meios a várias estruturas estatais do regime sírio encarregadas da produção de armas não convencionais.
Entre os materiais disponibilizados, prosseguiram as fontes, estão elementos que podem ter sido utilizados no fabrico de armas químicas.
As investigações em França sobre o cidadão franco-sírio começaram quando o suspeito foi posto em 2016, junto com a empresa de navegação, na 'lista negra' do Tesouro dos Estados Unidos, responsável por sanções financeiras.
A empresa era suspeita de ter embarcado mercadorias em apoio ao regime do presidente sírio, Bashar Al-Assad, em violação ao embargo internacional.
Com base nas informações recolhidas pelo Escritório Central de Luta contra os Crimes contra a Humanidade (OCLCH), serviço vinculado à polícia francesa, foi aberta uma investigação preliminar em junho de 2017.
As investigações foram então confiadas a juízes do tribunal judicial de Paris em janeiro de 2018.
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