"O Presidente decidiu suspender o primeiro-ministro Mohamed Hussein Roble e pôr termo aos seus poderes, a partir do momento em que esteja ligado à corrupção", disse o gabinete presidencial, numa declaração, em que acusou o primeiro-ministro de interferir numa investigação sobre um caso de apropriação de terras.
As tensões entre o Presidente Mohamed Abdullahi Mohamed, conhecido como Farmajo, e o seu primeiro-ministro, Mohamed Hussein Roble, têm sido recorrentes.
No domingo, o primeiro-ministro acusou o Presidente de sabotar o processo eleitoral, depois de o chefe de Estado ter decidido retirar a Mohamed Hussein Roble a responsabilidade pela organização das eleições, há muito aguardadas e na origem de uma grave crise institucional.
Presidente desde 2017, Farmajo viu o mandato terminar em 08 de fevereiro sem um acordo com os líderes regionais sobre a organização do escrutínio, regido na Somália por um sistema eleitoral complexo e indireto.
O anúncio, em meados de abril, de que o mandato presidencial seria prolongado por dois anos provocou confrontos armados em Mogadíscio.
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