"A autoridade de aviação civil anuncia o reinício temporário dos voos da ONU e de outras organizações para o aeroporto de Sana", indicou a cadeia de televisão dos rebeldes Al-Masirah.
Os Huthis "informaram as organizações internacionais que o aeroporto de Sana está pronto para receber voos", acrescentou a mesma fonte.
A Arábia Saudita lidera, desde 2015, uma coligação que apoia militarmente as forças governamentais, em guerra há sete anos contra os Huthis, apoiados pelo Irão, rival regional de Riade.
O reino, que controla o espaço aéreo iemenita, proibiu a aterragem de aviões civis no aeroporto de Sana, mas permitiu voos humanitários.
Segundo os rebeldes, os voos humanitários da ONU para o aeroporto de Sana foram interrompidos em 22 de dezembro, na sequência de ataques aéreos da coligação militar, mas a coligação acusou os rebeldes de terem encerrado o aeroporto dois dias antes do ataque.
O conflito no Iémen intensificou-se nos últimos dias depois de duas pessoas terem sido mortas e sete feridas em território saudita num ataque reivindicado pelos Huthis, que controlam Sana desde que o conflito começou, em 2014.
Em resposta, a Arábia Saudita lançou no sábado uma operação militar "em larga escala" no Iémen, causando três mortos e seis feridos.
No domingo, o porta-voz da coligação Turki al-Maliki acusou os Huthis de "militarizarem" o aeroporto de Sana e de o utilizarem "como principal ponto de lançamento de mísseis balísticos e drones" contra a Arábia Saudita.
Na terça-feira, os Huthis tinham indicado que a coligação estava a impedir "a chegada de novos equipamentos de comunicação e navegação ao aeroporto de Sana [necessários] para substituir os antigos".
"A ONU e as organizações internacionais estão conscientes de que o bom funcionamento deste equipamento não está garantido a longo prazo, dado que é antigo", disseram os rebeldes numa declaração.
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