"A força aérea de ocupação israelita atacou com vários ataques aéreos as zonas em torno das cidades de Jbab e Izraa, no norte de Deraa", informou a agência noticiosa oficial síria SANA, sem dar mais pormenores.
Entretanto, a rede de ativistas Daraa24 afirmou na sua conta oficial X que um dos ataques israelitas visou a 175ª Brigada posicionada perto da cidade de Izraa, a primeira vez que esta unidade foi atingida.
Esta ação foi precedida por uma série de ataques intensos noutros locais, segundo os ativistas.
Entretanto, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) - sediado no Reino Unido mas com uma vasta rede de parceiros no terreno - disse não haver até ao momento qualquer informação sobre vítimas ou a extensão dos danos materiais.
O OSDH documentou 21 ataques de Israel - que até agora não reagiu a esta informação - em 2025 contra o território sírio.
Estas informações são avançadas após as forças armadas israelitas terem entrado em mais duas cidades da província síria de Quneitra (sudoeste) alargando assim a sua presença naquela que já foi uma zona desmilitarizada entre o território sírio e as áreas controladas por Israel.
Os militares israelitas entraram com tanques nas cidades de Jadida e Muallaqa, ambas em Quneitra, segundo a Syria TV.
No domingo, as forças israelitas entraram nas cidades de Ruwaihina e Rasm al Halabi, ocuparam a estrada de Nabaa al Shaker e instalaram um posto de controlo militar permanente no centro da cidade de Majdulia.
Aviões israelitas identificaram voos de reconhecimento na cidade de Tafas, na província de Deraa, onde se realizaram manifestações em mesquitas e apelos à mobilização durante o fim de semana.
No domingo, o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas de Israel (IDF), Major-General Eyal Zamir, visitou o que os israelitas chamam de "faixa de segurança" no território sírio para fazer uma "avaliação da situação", de acordo com um comunicado militar israelita.
O comunicado das IDF refere que, desde domingo, ocorrem testes para avaliar a prontidão, a disciplina e as rotinas operacionais das forças destacadas na zona.
Hoje, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, afirmou existirem "milhares" de operacionais do Hamas e da Jihad Islâmica na Síria que procuram "criar outra frente de guerra contra Israel".
Num encontro com o homólogo luxemburguês, Xavier Bettel, em Jerusalém, Saar sublinhou que Israel não permitirá que se forme "uma ameaça jihadista" na fronteira entre os dois países.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, explicou que a presença militar nesta zona é "indefinida".
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