Em comunicado, o Twitter anuncia que a conta da congressista foi permanentemente suspensa pelo algoritmo lançado em março pela empresa tecnológica, que usa a inteligência artificial para identificar mensagens sobre o novo coronavírus que potencialmente podem causar danos às pessoas.
Duas ou três advertências geram um bloqueio de conta durante 12 horas; quatro resultam na suspensão de uma semana, e cinco ou mais podem fazer com que alguém seja removido permanentemente do Twitter.
O gabinete de Marjorie Taylor Greene ainda não comentou a decisão do Twitter.
A rede social Twitter já tinha suspendido anteriormente a conta da congressista republicana por períodos que variaram entre 12 horas e uma semana.
A decisão hoje anunciada pela empresa tecnológica aplica-se só à conta pessoal de Greene, não afetando a conta oficial que detém na qualidade de congressista.
Um 'tweet' de Greene publicado pouco antes do anúncio da suspensão de uma semana em julho afirmava que o novo coronavírus "não é perigoso para pessoas não obesas e menores de 65 anos".
De acordo com os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos da América (EUA), pessoas com menos de 65 anos representam quase 250 mil das mortes registadas no país devido à doença covid-19.
Greene criticou então a suspensão de uma semana como um "ataque de estilo comunista à liberdade de expressão".
Marjorie Taylor Greene, representante do Estado da Geórgia e uma das figuras mais polémicas do Congresso dos EUA, chegou a utilizar o Twitter para apelar ao regulador norte-americano para a área da saúde, a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês), para que não aprovasse as vacinas contra a covid-19.
Em termos mundiais, os EUA são o país mais afetado pela pandemia de covid-19, com mais de 800.000 mortes registadas.
O país tem vindo a registar novos recordes de infeções por covid-19 com a chegada da nova variante Ómicron, com mais de 400 mil casos por dia.
A covid-19 provocou 5.428.240 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse (AFP), divulgado na sexta-feira.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.
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