Este número é 103% mais elevado do que em 2020, quando a mesma organização estimou terem morrido 2.170 pessoas naquelas circunstâncias.
No ano "mais mortífero" desta fronteira entre a Europa e África, destas 4.404 pessoas, 4.016 (91,1%) morreram na Rota das Canárias, num total de 124 naufrágios.
De acordo com a Caminando Fronteras, a situação foi acentuada pela crise diplomática entre Espanha e Marrocos, durante o primeiro semestre do ano.
Estes números são três vezes e meia superiores aos registos da Organização das Nações Unidas para as Migrações (OIM), que estima que as mortes nas rotas para Espanha foram 1.255 em 2021.
A OIM avisa que estas estimativas incluem apenas mortes em que o corpo é recuperado ou naufrágios com testemunhos de sobreviventes.
O primeiro semestre de 2021 foi caracterizado por uma crise diplomática entre Madrid e Rabat, causada pela receção em Espanha, para tratamento contra a covid-19, do líder do movimento de independência saarauí da Frente Polisário, Brahim Ghali, um inimigo declarado de Marrocos.
Esta crise diplomática também levou a que, em meados de maio do ano passado, mais de 10.000 migrantes, na sua maioria marroquinos, aproveitassem uma flexibilização dos controlos do lado deste país africano para entrar no enclave espanhol de Ceuta, por mar ou pelo dique que marca a fronteira.
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