Em comunicado divulgado na terça-feira, Trump apontou o dedo à comunicação social e à comissão de investigação da Câmara dos Representantes que procura apurar o papel do republicano, e da sua equipa, naquele dia em que morreram cinco pessoas durante a invasão ao Capitólio.
"À luz do preconceito total e da desonestidade da Comissão [de investigação] dos democratas de 06 de janeiro, de dois republicanos fracassados ??e da comunicação social de 'fake news', vou cancelar a conferência de imprensa de 06 de janeiro (...) e, em vez disso, vou apresentar muitos destes tópicos importantes no meu comício no sábado, 15 de janeiro, no Arizona", referiu Donald Trump.
O republicano tinha anunciado uma conferência de imprensa a partir da sua mansão na Florida, para a mesma altura em que o Congresso tem previsto um momento de reflexão em Washington, noticiou esta terça-feira a agência AP.
Trump já tinha aludido anteriormente - "lembrem-se que a insurreição aconteceu em 03 de novembro de 2020" - numa referência ao dia das eleições presidenciais que o ex-presidente acusa de serem fraudulentas, apesar de nunca ter apresentado provas.
O magnata rejeita manter-se discreto apesar das investigações em curso por parte do painel da Câmara dos Representantes a quem os seus advogados tentam negar o acesso aos documentos da Casa Branca relacionados com aquele dia.
O democrata Joe Biden irá discursar esta quinta-feira no Capitólio, onde há cerca de um ano milhares de apoiantes de Trump tentaram impedir a certificação da sua vitória.
Biden tem referido que a democracia norte-americana está "ponto de inflexão", garantindo que a pode salvar.
"[O Presidente] vai falar sobre o trabalho que continuar a ter de ser feito para garantir e fortalecer a nossa democracia e as nossas instituições, para rejeitar o ódio e as mentiras que vimos em 06 de janeiro e para unir o país", revelou esta terça-feira a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki.
Para Joe Biden a melhor forma de contrariar Donald Trump e os seus apoiantes é reconciliar a classe média norte-americana com a democracia representativa, gerando empregos, garantido poder de compra e serenidade perante a globalização.
O democrata tem perdido popularidade e luta contra o tempo para apresentar resultados perante um país afetado e desgastado pela pandemia de covid-19, atualmente numa nova vaga, e perante os sucessivos bloqueios das suas reformas sociais pelo Congresso.
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