Em todo o país, "os agentes do Estado foram responsáveis por 39% das violações documentadas, incluindo execuções extrajudiciais de, pelo menos, 40 pessoas (24 homens, nove mulheres e sete crianças)", informou o Gabinete Conjunto dos Direitos Humanos da ONU (UNJHRO) na RDCongo no seu relatório mensal.
Quanto às restantes violações, "61% foram cometidas por combatentes de grupos armados, incluindo execuções sumárias de pelo menos 345 pessoas (258 homens, 61 mulheres e 26 crianças)", acrescenta o relatório.
A UNJHRO documentou em novembro "801 violações e abusos dos direitos humanos em toda a RDCongo, um número que representa um aumento acentuado de 61% por comparação com outubro" (498 violações).
A grande maioria das violações (752) foram cometidas nas províncias afetadas por conflitos ativos - Kivu do Norte, seguida por Ituri, Tanganica e Kivu do Sul, todas no leste do país -- e resultaram na morte de, pelo menos, 379 civis (276 homens, 70 mulheres e 33 crianças).
O documento assinala que, entre todas as partes em conflito, individualmente, "os soldados das FARDC [Forças Armadas da RDCongo] cometeram o maior número de violações nas províncias afetadas" em novembro.
Para além das Forças Armadas congolesas, a maioria dos abusos foram atribuídos a quatro grupos armados: Nyatura, Forças Democráticas Aliadas (ADF), Forças Democráticas para a Libertação do Ruanda (FDLR) e Cooperativa para o Desenvolvimento do Congo (Codeco).
O Kivu do Norte e Ituri estão sob estado de sítio desde maio, decretado com o objetivo de pôr fim à atividade dos grupos armados.
A medida deu plenos poderes aos militares, mas até agora não conseguiu deter as atrocidades cometidas pelos grupos armados ativos na região há mais de 25 anos.
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