Faz amizade com assassino da mãe para descobrir outros homicídios
Serial Killer já confessou mais de 75 crimes que não foram a julgamento.
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Mundo Serial Killer
Uma norte-americana de Nova Jersey fez amizade com o homicida da mãe, Richard Cottingham, para poder desmascarar outros crimes do serial killer que ficou conhecido por “Assassino do Torso”.
Recorda o site argentino Clarín, que a mãe de Jennifer Weiss, Deedeh Goodarzi foi decapitada em 1979. Ao lado do seu corpo foi encontrado também outro cadáver que nunca foi identificado.
Jennifer Weiss foi assim criada por uma família adotiva. Ao crescer, teve conhecimento da história da mãe e decidiu traçar um plano para fazer justiça por todas as vítimas que foram assassinadas à mão deste serial killer.
Em 2017, Jennifer decidiu assim escrever uma carta a Richard pedindo-lhe que a incluísse na lista de visitas. Pouco tempo depois, recebeu o tão desejado convite.
Logo no primeiro dia em que o visitou, deixou claro as suas intenções. “Fui sincera e expliquei o motivo da visita. Oferecia-lhe a minha amizade em troca de detalhes dos crimes que tinha cometido”, recordou a norte-americana durante uma entrevista, acrescentando que foi o próprio Richard que começou a revelar pormenores de outros homicídios nunca julgados
“Acho que, até ao momento, temos 75 casos não resolvidos”, revelou Jennifer.
Quem é o “Assassino do Torso”?
A história de Richard Cottingham é uma das mais perversas e sombrias dos EUA. Este serial killer de mulheres era conhecido por “Assassino do Torso” porque, depois de as violar, mutilava-as, arrancando-lhes a cabeça.
Ao longo dos anos, confessou mais de 100 crimes, mas a Justiça norte-americana só conseguiu provar 11 deles.
Ao contrário do que acontece com a maioria dos assassinos em série, teve uma infância dita normal, sem percalços. Nasceu em 1946, no bairro de Bronx, em Nova Iorque. Durante a escola fazia atletismo e criava pombos, as suas duas grandes paixões. Em 1958, a sua família mudou-se para New Jersey e algo em Richard mudou também para sempre.
Aos 12 anos começa a isolar-se e a ver pornografia durante todo o dia. Apesar disso, conseguiu terminar os estudos e começar a trabalhar como informático, com o pai.
Em 1970 casa-se com Janet e tem três filhos. A sua vida era, aparentemente normal, até que, em 1979 a mulher pede o divórcio, por acreditar que ele tinha sexo com prostitutas e por chegar a casa sempre alcoolizado. O que ela não suspeitava é que Richard tinha uma segunda vida muito mais negra.
Antes de casar, em 1967, matou Nancy Vogel, uma mãe de 29 anos que desapareceu a caminho da igreja. Já em 1977, assassinou Mary Ann, uma radiologista de 26 anos, no estacionamento de um hotel. Antes de a matar, torturou-a à dentada.
E assim prosseguiu Richard ao longo dos anos, a violar, matar e desmembrar mulheres até que, a 22 de maio de 1980, a sua cruel aventura criminosa terminou. Os gritos de uma jovem alertaram a polícia para o mesmo hotel onde uma mulher já tinha sido encontrada morta. Ao chegarem ao local, encontraram o “Assassino do Torso” com uma prostituta, de 18 anos, amarrada e com sinais de ter sido mordida e torturada.
Em 1982, Richard foi condenado a 200 anos de prisão, apesar de não ter sido julgado nem por metade dos crimes que já confessou ter cometido.
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