De acordo com o comunicado, perante a situação no Cazaquistão, "podem ocorrer rapidamente e sem notificação prévia manifestações, protesto e greves" que podem adquirir rapidamente um caráter violento.
Os protestos, refere ainda o mesmo comunicado, citado pela agência Efe, podem causar interrupções no tráfego, transportes e telecomunicações e "afetar gravemente a capacidade da embaixada dos Estados Unidos em fornecer os serviços consulares necessários", nomeadamente "a assistência aos cidadãos norte-americanos que partem do Cazaquistão".
Esta sexta-feira a Casa Branca expressou a sua preocupação com a ordem do Presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev, de "atirar a matar" sobre os manifestantes no país e avisou que permanecerá alerta sobre qualquer abuso dos direitos humanos.
O secretário de Estado, Antony Blinken, também se referiu à crise no Cazaquistão durante um encontro com a imprensa, esta sexta-feira, tendo apelado a que a crise seja resolvida sem deixar de se "respeitar os direitos" humanos.
As autoridades cazaques continuam a acompanhar os manifestantes que promoveram graves distúrbios neste país da Ásia central nos últimos dias.
Apesar de o subdiretor da Administração Presidencial Daurén Abáyev ter afirmado esta sexta-feira que "a ordem foi restaurada em todo o país e que a situação está estabilizada", persistem focos de resistência dos manifestantes, entrincheirados em vários locais, segundo adianta a imprensa local.
Os protestos começaram no domingo nas províncias após uma subida do preço do gás, antes de se espalharem pelas grandes cidades, especialmente Almaty, a capital económica do Cazaquistão, onde as manifestações se transformaram em tumultos contra o regime.
Um contingente de tropas da Rússia e outros aliados de Moscovo chegou ao Cazaquistão na quinta-feira para apoiar o governo, protegendo edifícios estratégicos e apoiando a aplicação da lei.
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