Protesto de apoiantes do ex-primeiro-ministro albanês faz vários feridos

Várias pessoas ficaram hoje feridas em Tirana, Albânia, quando centenas de apoiantes do ex-primeiro-ministro e ex-líder do Partido Democrático (PD), Sali Berisha, forçaram a entrada na sede partidária para expulsar o atual presidente Lulzim Basha, foi hoje divulgado.

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Lusa
08/01/2022 17:17 ‧ 08/01/2022 por Lusa

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Albânia

 

A disputa partidária que se arrasta há várias semanas levou, hoje, os apoiantes de Berisha, armados com barras de ferro, pedras e martelos, a partir os vidros, destruir portas e janelas, para acederem ao primeiro piso do edifício onde está instalada a sede do PD, na capital albanesa.

Já no interior, os apoiantes de Basha responderam con gases tóxicos e todo tipo de objetos que encontravam.

A contenda "violenta" entre as duas fações prolongou-se por mais de uma hora, acionada pelo atual presidente do partido Lulzim Basha, forças especiais da polícia dispersaram os manifestantes que apoiam o ex-líder partidário com gás lacrimogéneo.

Segundo a imprensa local alguns deputados que se encontravam no edifício apresentavam problemas respiratórios causados pelo gás lacrimogéneo.

Berisha y Basha acusam-se mutuamente de incitar à violência. Em nota hoje emitida, o PD, acusa o anterior líder partidário, apoiado por cerca de 800 militantes, de querer tomar o partido "com recurso à violência para poder impor os seus interesses e usar a sede como refúgio para si e, para a sua família".

Já Berisha, argumento que a fação contrária de pretender converter o edifício num búnquer de Basha, e transformá-lo na sua "casa de liberdade".

Os Estados Unidos, a União Europeia e várias embaixadas na Albânia condenaram veementemente a violência hoje registada e exigiram que os responsáveis sejam presente à justiça albansesa.

A contestação de Sali Berisha, líder do PD durante 23 anos, começou quando o seu sucessor, Lulzim Basha, decidiu a sua expulsão do grupo parlamentar do partido, por pressão dos Estados Unidos.

Em maio último, Governo de Washington declarou Berisha e a toda a família, 'personas non gratas', por considerar que o anterior líder do PD é "corrupto e um perigo para a democracia do país".

Após a sua expulsão, Berisha iniciou uma campanha para recuperar o controlo do partido, acusando Basha de ser "ferém" do primeiro-ministro socialista, Edi Rama.

As divisões internas empurraram a maior força da oposição albanesa para a "mais profunda crise" política desde a sua fundação, em 1990.

No final do protesto de hoje Berisha garantiu que "a batalha não terminou".

"O que vimos hoje é apenas a primeira página", sustentou, citado pela EFE.

Leia Também: Albânia declara emergência energética devido a aumento do preço da luz

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