Esta quarta-feira, o Papa Francisco pediu aos governos do mundo para combater o trabalho infantil, na sua audiência semanal. O sumo pontífice ressalvou que as crianças deveriam brincar e não trabalhar como adultos.
Francisco lamentou ainda que, em muitos países, existam pessoas de todas as idades a trabalharem de forma clandestina, sem benefícios ou proteção legal.
"Vamos pensar nas vítimas do trabalho, nas crianças que são obrigadas a trabalhar. Isso é terrível", frisou.
Segundo a agência Reuters, a Organização Internacional do Trabalho da ONU (OIT) informou, num relatório do ano passado, que o número de crianças que trabalham aumentou para cerca de 160 milhões em todo o mundo em 2020.
"As crianças que estão na idade em que deveriam brincar são obrigadas a trabalhar como adultos. Pensemos naquelas crianças, coitadinhas, que procuram coisas no lixo e tentam encontrar algo útil para trocar ou vender", disse o Papa.
O chefe da igreja católica acrescentou ainda: “Os governos devem dar a todos a possibilidade de ganhar o pão, porque isso dá dignidade. O trabalho confere dignidade às pessoas”, disse.
De acordo com a OIT, a África tem o maior número de crianças que trabalham no mundo, com cerca de 72 milhões, 43% delas em trabalhos perigosos.
No final da audiência, no Vaticano, o Papa Francisco pediu um minuto de silêncio para lembrar os desempregados e as vítimas de acidentes industriais.
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