Os internamentos em Itália cresceram esta semana cerca de 32% e grande parte deles, em unidades de cuidados intensivos, são pessoas não vacinadas. De acordo com Giuseppe Quintavalle, coordenador da Federação Italiana de Empresas de Saúde e Hospitalar (Fiaso) e gerente geral da Policlínica Tor Vergata, em Roma, impulsionar a campanha de vacinação continua a ser a 'chave' para combater o vírus.
"A partir dos dados de internamentos em terapia intensiva, mais uma vez emerge a forte presença, para a grande maioria dos pacientes, de pessoas não vacinadas: devemos continuar a impulsionar a campanha de vacinação", sublinha o especialista.
Na última semana, no que diz respeito às unidades de cuidados intensivos, houve um aumento de 18%.
Segundo a revista Panorama della Sanità, os pacientes não vacinados admitidos em UCI são 67% do total. Metade destes pacientes, 54%, estavam bem de saúde e não tinham comorbidades antes de serem internados no hospital.
No que se refere aos vacinados, são 33% em UCI, sendo que dois em cada três têm outras doenças graves "que poderiam determinar uma eficácia reduzida da vacina", segundo a revista italiana, e 85% dos casos são pessoas que receberam duas doses da vacina há mais de 4 meses e ainda não receberam a terceira dose.
Giuseppe Quintavalle reforça a necessidade de complementar a vacinação com a terceira dose para garantir uma maior proteção.
De acordo com o Ministério da Saúde de Itália, o país registou, esta quarta-feira, 87.921 novos casos de Covid-19 e 313 mortes associadas à doença. Com estes dados, o país regista, desde o início da pandemia, um total de 139.872 óbitos e 7.971.068 casos de infeção.
Há 108.198 pessoas que recuperaram da doença desde ontem, sendo o número de casos ativos de 2.222.060, neste momento, mais 87.921 do que na terça-feira.
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