A França enfrenta uma das suas maiores greves na educação em décadas. Esta quinta-feira, cerca de 75% dos professores devem faltar ao trabalho, forçando o encerramento de metade das escolas primárias do país.
Este protesto está relacionado com a maneira como o governo conduz as medidas relacionadas com a Covid-19 no setor da educação.
Emmanuel Macron disse, esta semana, que o governo estava especialmente orgulhoso de ter mantido as escolas abertas mais do que qualquer outro país no mundo durante a pandemia. “Acredito fundamentalmente que a escolha que fizemos para manter as escolas abertas é a escolha certa”, disse.
No entanto, o aumento nas infeções por Covid-19, impulsionado pela variante Ómicron, altamente contagiosa, criou grandes perturbações nas escolas desde que reabriram no início de janeiro – cerca de 10 mil turmas foram impedidas de assistir a aulas devido a casos entre alunos e funcionários.
Os sindicatos da educação acreditam que o governo está a falhar com as crianças, tendo uma abordagem desorganizada que não oferece a proteção adequada contra infeções para funcionários e alunos. Além disso, dissertam que não há garantia de cobertura de substituição para professores que adoecem e deixam as escolas atuar como gerentes de teste e rastreamento da doença.
“Os alunos não podem aprender adequadamente porque a frequência varia muito e é impossível implementar um híbrido de ensino presencial e à distância”, disse o SUnipp-FSU (sindicato dos professores francês).
Os sindicatos exigem também que o governo forneça máscaras faciais FFP2 aos funcionários bem como purificadores da qualidade do ar para ventilar as salas de aula.
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