Macau exige registo de itinerários para se entrar nos serviços públicos
A entrada nos serviços públicos de Macau só vai ser possível a partir de segunda-feira com a apresentação de um registo de itinerários, através de uma aplicação móvel que rastreia o percurso individual do utilizador.
© Reuters
Mundo Covid-19
A medida anunciada hoje pelas autoridades abrange também os trabalhadores e locais de trabalho do Governo, no âmbito de ações de prevenção face ao novo coronavírus.
"A partir do dia 17 (...), todos os cidadãos e funcionários públicos, quando entrarem nos estabelecimentos de serviços públicos ou locais de trabalho do Governo, devem fazer o registo de itinerários (...), sob pena de não poderem entrar", pode ler-se num comunicado da Direção dos Serviços de Administração e Função Pública.
A 18 de novembro, as autoridades lançaram a aplicação móvel de rastreio de percurso individual da população para sinalizar riscos associados à covid-19, inicialmente apresentada como sendo de utilização voluntária, mas com a indicação que passaria a ser obrigatória.
No mesmo dia, a Direção dos Serviço para os Assuntos de Tráfego anunciou um plano de registo e identificação dos passageiros dos autocarros, avisando que aqueles que não procedessem ao registo até 11 de dezembro iriam perder benefícios nas tarifas.
Com a aplicação será possível fazer um 'scan' a um código QR dos locais frequentados.
A medida vai ser brevemente alargada a estabelecimentos como supermercados e restaurantes, avisaram já as autoridades.
O Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus garantiu na sexta-feira à noite que a aplicação móvel do "Código de Saúde de Macau" "não envolve a subtração ou revelação de informações pessoais".
Macau, que tem seguido a política de zero casos de covid-19, com fortes restrições fronteiriças, registou apenas 79 pessoas infetadas com o novo coronavírus e impõe quarentenas a quem regresse, que podem chegar a 35 dias dentro de um quarto de hotel.
Macau proibiu no início do ano a entrada, por via aérea e durante duas semanas, de pessoas oriundas de "regiões fora da China".
A covid-19 provocou 5.519.380 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência de notícias France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países.
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