Opositor da Guiné-Conacri pede intervenção do Presidente da Guiné-Bissau

O líder da oposição da Guiné-Conacri, Cellou Dallen Diallo, pediu hoje em Bissau ao Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, que convença os militares no poder em Conacri sobre a necessidade de um processo de transição inclusivo.

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Isabel Marisa Serafim
17/01/2022 16:22 ‧ 17/01/2022 por Isabel Marisa Serafim

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Transição

 

Em declarações aos jornalistas à saída de uma audiência no Palácio da Presidência em Bissau, Dallen Diallo disse ter solicitado a intervenção de Sissoco Embaló para que fale "com os camaradas militares" e também com os homólogos da CEDEAO (Comunidade Económica de Estados da África Ocidental) e da União Africana.

"A Guiné-Bissau é um membro ativo da União Africana e da CEDEAO esperamos que ajude a Guiné-Conacri a entrar para um diálogo sincero entre as autoridades instaladas, a CEDEAO, a União Africana", defende o líder da UFDG (União das Forças Democráticas da Guiné).

Celou Dallen Diallo disse ter vindo a Bissau primeiro para apresentar condolências ao Presidente Sissoco Embaló pelo recente falecimento, no dia 20 de dezembro passado, do ministro da Justiça da Guiné-Bissau, Mamadu Iaia Djaló, mas também para abordar a situação na Guiné-Conacri.

Dallen Diallo lembrou que quando os militares assumiram o poder na Guiné-Conacri, no dia 05 de setembro passado, prometeram um processo de transição inclusivo em colaboração com os partidos, mas lamentou que não exista diálogo entre as duas partes.

"Ultimamente temos notado que não temos sido suficientemente associados ao processo. Nós apelamos ao diálogo e concertação para que continuemos juntos neste processo de transição", sublinhou Diallo.

O opositor recordou que o país está neste momento suspenso da CEDEAO, da União Africana e muitos países e parceiros suspenderam a sua cooperação "à espera do fim da transição".

"Para nós é urgente conduzir o país para as eleições livres, transparentes e inclusivas para dotar o país de instituições legítimas que possam colocar em marcha o processo de reformas profundas para terminar com este flagelo que mina o funcionamento das instituições e a sociedade guineense", observou Cellou Dallen Diallo.

No dia 05 de setembro passado, os militares da Guiné-Conacri, sob o comando do coronel Mamady Doumbouya, de 41 anos, derrubaram o presidente eleito Alpha Conde, 83 anos, e iniciaram um processo de transição sem uma data prevista para as eleições gerais.

 

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