China força o regresso 'voluntário' de 2500 "fugitivos" no estrangeiro

Os métodos usados ​​no programa Sky Net variam entre intimidação familiar a sequestros, diz grupo de direitos humanos

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Notícias ao Minuto
18/01/2022 10:37 ‧ 18/01/2022 por Notícias ao Minuto

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China

Durante a pandemia, enquanto o mundo confinava e tentava combater a Covid-19, as autoridades chinesas capturaram mais de 2.500 “fugitivos”, levando-os de volta à China. Tudo aconteceu sob um programa que usa métodos que variam de intimidação familiar a sequestros, segundo um novo relatório da ONG Safeguard Defenders.

O relatório denuncia estratégias ilícitas de Pequim, em mais de 120 países, que incluem práticas de intimidação a familiares e amigos, agentes clandestinos e até sequestros. Ex-funcionários do PCC acusados de corrupção são os principais alvos.

Segundo o The Guardian, o grupo de direitos humanos estima no relatório publicado na terça-feira que as repatriações contínuas agora totalizam mais de 10.000 desde que Pequim lançou a operação Fox Hunt em 2014, seguida pela Sky Net em 2015.

Durante a pandemia, pelo menos 1.421 pessoas foram levadas de volta à China em 2020 e 1.114 em 2021, com base em números do governo, apesar dos bloqueios internacionais e restrições de viagens. Os números incluem apenas aqueles capturados por supostos crimes económicos ou crimes relacionados com funções oficiais.

Grupos de direitos humanos acreditam que ativistas e dissidentes agora são também alvos. Em julho, o Uyghur Human Rights Project documentou 395 casos de Uyghurs (uma minoria) deportados, extraditados ou devolvidos à China.

“Desde que Xi Jinping chegou ao poder, o governo chinês intensificou a repressão à sociedade civil”, disse o ativista de direitos humanos Teng Biao.

Os métodos para forçar alguém a voltar para a China - excetuando acordos bilaterais formais de extradição e deportação - podem variar desde a recusa em renovar um passaporte até o uso indevido do sistema de aviso vermelho da Interpol para emitir mandados internacionais, segundo o relatório. 

Leia Também: Ex-dirigente do Partido Comunista da China condenado à morte 
 
 

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