"Com muita honra e sentido de missão, e após reunião com o presidente do partido sexta-feira dia 14, torno pública a minha disponibilidade e intenção de ser o primeiro subscritor de uma Moção de Estratégia Global e, consequentemente, candidato à liderança do PAIGC no X congresso ordinário e por inerência de funções candidato ao cargo de primeiro-ministro da Guiné-Bissau", refere o advogado, em comunicado.
O congresso do PAIGC realiza-se entre 18 e 19 de fevereiro, em Bissau.
O candidato vai apresentar uma moção, denominada "Uma Agenda para o Partido e para a Guiné-Bissau", que, refere, é um "instrumento pragmático, com metas e objetivos estratégicos ambiciosos a médio e curto prazo".
No comunicado, Octávio Lopes, antigo assessor jurídico do ex-presidente guineense José Mário Vaz, explica que a curto prazo pretende "assumir a governação do país", antes do final do primeiro trimestre de 2022, que reflita a "vontade do povo expressa nas eleições legislativas de 2019", que o PAIGC venceu.
A médio prazo, o advogado pretende "ganhar as legislativas de 2023 com uma maioria absolutamente inequívoca" e a longo prazo fazer eleger um chefe de Estado apoiado pelo PAIGC.
"Ao estabelecermos este nexo de causalidade entre estas prioridades programáticas, fazemo-lo com a convicção de estar a interpretar e expressar a vontade da maioria silenciosa de militantes, responsáveis e dirigente que reconhece e compreende a necessidade de mudar de direção e a urgência de trilhar um novo caminho que permita ao PAIGC assumir a plenitude das suas responsabilidades com o povo guineense", sublinha.
Octávio Lopes já tinha subscrito uma lista de dirigentes do PAIGC que questionam a liderança do atual presidente do partido, Domingos Simões Pereira, e que inclui nomes como o antigo primeiro-ministro Artur Silva; o ex-secretário de Estado das Pescas Mário Dias Sami; o ex-diretor-geral da Geologia e Minas Gilberto Charifo, e o empresário e atual deputado Hussein Farath.