As autoridades na Flórida, nos Estados Unidos, suspenderam o diretor do Departamento de Saúde de Orlando por alertar os seus trabalhadores para a importância da vacinação contra a Covid-19.
Na Flórida, o governador republicano Ron DeSantis - um aliado fervoroso do antigo presidente Donald Trump e um cético das medidas de restrição contra a pandemia - aprovou uma lei em novembro que proíbe escolas, empresas e organizações públicas de perguntar ou impor vacinação.
Raul Pino, a pessoa que foi suspensa, enviou um email no dia 4 de janeiro aos funcionários do Departamento de Saúde de Orlando, a alertar para a baixa vacinação no estado da Flórida e motivou a que todos se vacinassem.
"Não consigo compreender como é que podemos ser uma autoridade de saúde e não ser o exemplo", disse Pino.
No email, o diretor disse que, dos 568 trabalhadores, apenas 77 tomaram a dose de reforço. "Peço desculpa, mas na ausência de motivos razoáveis, é irresponsável não vacinar", acrescentou.
As autoridades estão agora a avaliar se o diretor infringiu a lei de novembro com esta comunicação.
A Flórida é um dos estados com maior taxa de incidência e de hospitalizações nos Estados Unidos. Segundo o Miami Herald, foram registados, na quarta-feira, mais 43.179 casos e, desde o início da pandemia, foram infetadas mais de cinco milhões de pessoas.
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