O governo italiano vai submeter novamente uma candidatura para que o café expresso seja considerado património imaterial da humanidade pela UNESCO.
O secretário de Estado da Agricultura, Gian Marco Centinaio argumentou em comunicado, segundo o The Guardian, que o café expresso é "muito mais do que uma simples bebida" e faz parte da história gastronómica italiana.
Não é a primeira vez que o café expresso, que foi popularizado pelos italianos: em 2017, foi feita uma candidatura, mas o expresso acabou por ficar atrás da pizza napolitana na lista dos patrimónios imateriais da agência das Nações Unidas.
Para Centinaio, o café expresso é "um ritual autêntico e uma expressão da nossa sociedade que nos distingue do mundo".
As candidaturas podem ser submetidas até ao final do mês de março, mas o governo de Itália já se antecipou e já atirou o café expresso para a lista de considerações da UNESCO.
Segundo o Instituto Italiano do Café, citado pelo jornal britânico, o mercado do café expresso vale 4 mil milhões de euros em Itália e mais de 90% dos italianos bebe pelo menos um café por dia.
O café expresso foi inventado em Turim, no norte de Itália, no final do século XIX. Com ou sem açúcar, café era uma mera bebida, mas a criação do formato expresso, tomado numa pequena chávena de porcelana, tornou o ato numa ocasião social, que se mantém (e alguns países, Portugal incluído, acrescentaram licores e aguardantes para complementar o expresso).
O Instituto italiano até tem nas suas diretrizes o tempo ideal para a espuma no topo do expresso, espessura, temperatura e cor - que está eloquentemente descrita como "de castanho-avelã a preto escuro e caraterizada por reflexos pardos".
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