"Temos de passar a mensagem de que a invasão da Ucrânia, de um ponto de vista russo, será dolorosa, violenta e sangrenta. Penso que é muito importante que a Rússia compreenda que isto pode tornar-se uma nova Chechénia", disse Johnson, numa entrevista televisiva.
"Conheço um pouco estas pessoas. E acho que vão lutar", acrescentou o primeiro-ministro britânico, referindo-se ao povo ucraniano.
Boris Johnson considera que uma invasão da Ucrânia pode equivaler aos dois conflitos que, nas décadas 1990 e 2000, envolveram a Chechénia, uma república autónoma de maioria muçulmana do Cáucaso russo que foi palco de confrontos entre guerrilheiros separatistas e o exército russo, provocando dezenas de milhares de mortos.
O Reino Unido, que recentemente entregou mísseis à Ucrânia, acusou este fim de semana a Rússia de "querer instalar em Kiev um líder pró-russo", afirmações descritas como "absurdas" por Moscovo.
Hoje de manhã, Boris Johnson anunciou o repatriamento de parte da equipa diplomática britânica destacada na Ucrânia, perante o que classificou como a "ameaça crescente" da Rússia.
"Os serviços de informações são muito claros: há grupos de combate russos nas fronteiras da Ucrânia e todos podemos ver que existe um plano de 'blitzkrieg' (guerra rápida) que pode levar à captura de Kiev", disse Johnson, apelando para que "prevaleça o bom senso".
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