O primeiro-ministro britânico submeteu-se hoje à sessão semanal de perguntas no Parlamento, com a polémica 'PartyGate' a gerar ainda muitas criticas e apelos de demissão a Boris.
O líder trabalhista, Keir Starmer, foi o primeiro a colocar o tema em cima da mesa, considerando que um ministro "que mente" deve demitir-se.
"Se ele enganou o Parlamento, deve demitir-se", considerou, referindo-se à polémica em torno das alegadas festas que aconteceram em Downing Street em plena pandemia, quando as regras do Governo impediam ajuntamentos.
Boris Johnson não deixou o principal líder da oposição sem resposta e garantiu que não tem intenção de demitir-se.
"Não tenho intenção absolutamente nenhuma" em resignar, afirmou, negando-se a comentar o caso por estar a ser investigado pela Justiça.
Em resposta, Keir Starmer disse que um primeiro-ministro alvo de investigação é um "triste espetáculo" e questionou quantos mais danos irá Boris causar ao seu país
As presumíveis festas organizadas em Downing Street durante os períodos de confinamento impostos no âmbito da pandemia, situação que está a colocar sob forte pressão Boris Johnson, estão a ser alvo de uma investigação.
Até agora, a força policial havia rejeitado os pedidos para abrir um inquérito, alegando não existirem provas suficientes para iniciar uma investigação e argumentando que, por princípio, evitava analisar retrospetivamente as violações das restrições.
A mudança de decisão foi conhecida um dia depois de ter sido noticiado que Boris Johnson comemorou o aniversário com cerca de 30 funcionários durante um confinamento, em junho de 2020, quando estes tipos de encontros ainda eram proibidos.
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