"A embaixada dos Estados Unidos pede aos cidadãos norte-americanos que considerem sair agora", lê-se no portal da missão diplomática dos Estados Unidos na capital ucraniana.
"A situação de segurança na Ucrânia continua a ser imprevisível devido à crescente ameaça da ação militar russa e pode deteriorar-se sem aviso prévio", refere a nota.
Washington anunciou no domingo a retirada de Kiev de vários diplomatas e respetivas famílias, medida que foi seguida, um dia depois, pelo Reino Unido e, terça-feira, pelo Canadá, decisão, contudo, considerada "prematura" e "excessiva" pelas autoridades ucranianas.
As tensões em torno da Ucrânia aumentaram acentuadamente nas últimas semanas.
A Rússia é acusada pelo Ocidente de ter reunido dezenas de milhares de soldados na fronteira ucraniana e de preparar uma invasão ao país vizinho.
Em Moscovo, o Kremlin tem negado qualquer intenção bélica em relação a Kiev, mas vincula a diminuição das tensões a tratados que garantam, em particular, o não alargamento ao leste da Europa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), nomeadamente à Ucrânia.
Hoje, negociadores russos, ucranianos, franceses e alemães reuniram-se em Paris para tentar diminuir as tensões, depois de, na semana passada, Moscovo e Washington terem mantido conversações.
Desde 2014, o leste da Ucrânia é atormentado por uma guerra entre as forças de Kiev e separatistas pró-russos, em que a Rússia, que anexou a península da Crimeia no mesmo ano, é amplamente vista como patrocinadora militar e financeira.
Leia Também: Washington rejeita excluir adesão de Kiev à NATO na resposta a Moscovo