O anúncio foi feito pela Superintendência Nacional Antidrogas da Venezuela (SUNAD), através de um comunicado divulgado na Internet.
"Cumprimos com o dever de informar o povo venezuelano que num esforço conjunto entre as 'forças de inteligência' (serviços de informação) do Estado, sob instruções do Presidente Nicolás Maduro Moros, se concretizou com sucesso a operação 'Mão de Ferro', desferindo um duro golpe contra uma rede de tráfico de droga que opera nos estados de Zúlia e Falcão", explica o SUNAD.
Segundo aquele organismo, "no desenvolvimento deste primeiro golpe, foram detidos os seguintes cidadãos: Víctor Cano Páez (colombiano), Jeikar Pérez e Robert Montaña Viloria".
No mesmo comunicado, o SUNAD explica que foram também detidos os funcionários públicos Keyrineth Fernández (presidente da Câmara Municipal de Jesús Maria Semprún) e os deputados Taína González (do Estado de Zulia) e Luis Vilória Chirinos (do Estado de Táchira).
"As investigações estão em curso e não se descartam novas detenções, que vão ser comunicadas oportunamente. Esta ação eficaz contra as máfias confirma a nossa luta implacável contra a tentativa de tráfico ilícito de droga e corrupção no nosso território inexpugnável", conclui o SUNAD.
Segundo a imprensa local, a presidente da Câmara Municipal de Jesus, Maria Semprún, e os dois deputados fazem parte do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, o partido do Governo).
O vice-presidente do PSUV, Diosdado Cabello, tido como o segundo homem mais forte do chavismo, já se referiu às detenções, desvinculando o partido de compromissos com criminosos e instando os simpatizantes a vigiarem a gestão dos funcionários.
"No PSUV não há compromissos com criminosos, convido à vigilância permanente da gestão e comportamento de qualquer funcionário. Devemos ser absolutamente intolerantes com os corruptos, com os burocratas, com os criminosos, sejam eles quem forem", escreveu Diosdado Cabello na sua conta no Twitter.
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