Espanha. Pedófilo do Instagram conseguiu enganar 98 adolescentes

Conseguiu enganar cerca de 100 jovens e é considerado um dos maiores predadores sexuais de Espanha.

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Notícias ao Minuto
31/01/2022 18:36 ‧ 31/01/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Pedofilia

Começou em Espanha o julgamento de um maiores predadores sexuais da história do país, noticia o El País. Os procuradores pedem mais de 1.000 anos de prisão para um homem que abusou e obteve imagens íntimas de dezenas de jovens de 16 anos, fazendo-se passar por uma rapariga no Instagram. 

Dizia chamar-se Lorena e, após algum flirt e trocas de mensagens, começava a pedir fotos e vídeos íntimos. Conseguiu-o com 98 adolescentes e com alguns até teve encontros presenciais. 

Esta segunda-feira esteve no Tribunal Provincial de Madrid para enfrentar as provas e testemunhos. 

O arguido, José Ángel S. S., admitiu ter um "desvio" e disse estar a ser submetido a um tratamento para controlar os seus impulsos. "Peço perdão", disse na sala do tribunal onde se realizou a a audiência.

Numa longa sessão em que o homem de 31 anos admitiu todos os factos e respondeu a perguntas, o homem pormenorizou a vida dupla que levou durante três anos. Disse que abriu uma conta de Instagram com fotos sensuais para "obter fotos e vídeos de raparigas menores de idade".

Quando conseguiu encontrar-se com alguns deles pessoalmente, explicou que os persuadia a ter relações sexuais. "Usei retórica, disse-lhes que é preciso ser aberto com o sexo e tentar com rapazes, raparigas, pessoas mais velhas...", explicou. O caso remonta a setembro de 2018, quando foi descoberto numa operação policial intitulada de Kamikaze.

A acusação está a pedir 1.324 anos de prisão para o homem acusado de mais de 200 crimes de abuso e corrupção de menores, prostituição, ciberperseguição e divulgação de pornografia infantil. Todos agravados pelo facto de as suas vítimas terem menos de 16 anos de idade. De acordo com a lei espanhola, o tempo máximo que poderia cumprir na prisão é de 30 anos.

Leia Também: Pedofilia. Justiça alemã analisa possível responsabilidade de 42 clérigos

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