Enfermeiro injeta (e quase mata) desconhecido com relaxante muscular

O enfermeiro roubou o medicamento do hospital onde trabalhava. Está a ser acusado de tentativa de homicídio.

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© North Yorkshire Police

Notícias ao Minuto
31/01/2025 22:18 ‧ há 2 horas por Notícias ao Minuto

Mundo

Reino Unido

Um enfermeiro de 57 anos injetou rocurónio, um relaxante muscular que tinha roubado do hospital onde trabalhava, nas nádegas de um desconhecido, proprietário de uma loja de música em Northallerton, North Yorkshire, no Reino Unido, e quase o matou. Aconteceu no dia 2 de julho do ano passado. Agora está a ser acusado de tentativa de homicídio.

 

Pouco depois de ter recebido a injeção, enquanto estava a ser assistido pelas equipas de emergência médica, Gary Lewis "paralisou completamente" e nem conseguia falar, apesar de ter consciência do que se passava a seu redor. No entanto, chegou a deixar de respirar e entrou em paragem respiratória, mas sobreviveu.

"Pensei que ia morrer. Foi a experiência mais assustadora que alguma vez tive", contou Gary Lewis no tribunal de Leeds, citado pelo jornal britânico Metro.

Quando os serviços de emergência e a polícia chegaram à loja, o enfermeiro, Darren Harris, ainda estava no local. As autoridades perguntaram-lhe, várias vezes, qual o conteúdo da seringa, mas o homem disse que não era "nada" e negou que o material de enfermagem lhe pertencesse.

"Não tenho uma agulha. Tinha uma seringa de dez mililitros com água e esguichei água. Era água", respondeu Darren Harris.

Nas câmaras de videovigilância da loja de música ouviu-se também uma funcionária perguntar ao enfermeiro se tinha "a certeza de que nessa seringa não havia mais nada além de água", o que o homem voltou a confirmar.

Já no tribunal, Darren Harris acabou por admitir que a seringa tinha rocurónio, que injetou na vítima apenas para a "entorpecer" e "assustar", mas rejeitou a acusação de tentativa de homicídio.

O toxicologista David Berry explicou, no tribunal, que este medicamento é utilizado nos hospitais para relaxar os músculos da garganta dos pacientes, de modo a interromper-lhes a respiração momentaneamente para que possam ser entubados durante os procedimentos nos blocos operatórios.

"Há perigo de não haver oxigénio a entrar no sistema e a pessoa poder morrer", esclareceu David Berry.

O juiz terminou esta audiência a revelar que há possibilidade de Darren Harris vir a ser condenado a uma pena de prisão perpétua por este crime.

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