"O regime cubano mantém o ativista e dissidente Luis Manuel Otero Alcántara incomunicável", escreveu no Twitter a administradora da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Samantha Power, que disse que a sua família não conhece o estado de saúde do artista.
"Instamos os nossos parceiros internacionais a juntarem-se a nós na exigência da libertação imediata de Alcántara", acrescentou.
Otero, que está na prisão desde os protestos anti-governamentais de 11 de julho, iniciou em janeiro uma greve da fome, relataram ativistas.
O ativista acredita que as autoridades cubanas estão "a mantê-lo como moeda de troca" e procuram o momento certo para o libertar se ele deixar o país, algo que ele não quer fazer.
Otero está detido na prisão de Guanajay (oeste) desde 11 de julho, quando tentou juntar-se aos protestos espontâneos anti-governamentais, os maiores em décadas, embora anteriormente tivesse sido politicamente ativo no Movimento de San Isidro.
O dissidente também participou na canção "Patria y vida", que foi crítica ao governo cubano e se tornou um grito de protesto para a oposição e o slogan dos protestos de 11 de julho.
É acusado dos alegados delitos de desprezo pelo tribunal, desordem pública, instigação à prática de um crime. Há também acusações de insulto aos símbolos nacionais. A Human Rights Watch considera que estas acusações são injustas e infundadas.
Leia Também: Artista que protestava contra repressão em Cuba "sequestrado"