"Tanto os sítios públicos de processamento de testes como os privados estão sobrecarregados e a OPS tem recomendado otimizar a aplicação dos testes para evitar a escassez que se tem apresentado em muitos países", disse o diretor de Emergências em Saúde da organização, Ciro Ugarte.
Ugarte falava numa conferência de imprensa em que explicou que a saturação dos laboratórios e centros de saúde, devido ao alto número de contágios com a variante Ómicron, está a diminuir a disponibilidade de testes para aquisição em todo o mundo.
No caso da Venezuela, precisou que "o setor público venezuelano tem capacidade para realizar 5.000 testes PCR diários" e que "a aplicação de testes diários está entre 4.000 e 5.000".
Ciro Ugarte frisou ainda que a OPS recomendou aos países da região, tendo em conta a proximidade do Carnaval, que organizem as festas depois de avaliar os riscos, mesmo que isso não envolva suspensões.
Por outro lado, voltou a insistir que a população deve manter as medidas preventivas de biossegurança, continuando a usar máscara e a manter o distanciamento físico, para romper as cadeias de contágio do coronavírus.
Na Venezuela estão oficialmente confirmados 489.305 casos de covid-19. Há ainda 5.462 mortes associadas ao novo coronavírus, desde o início da pandemia.
Desde março de 2020 que a Venezuela está em confinamento preventivo, por causa da covid-19, aplicando um sistema de sete dias de flexibilização, seguidos de sete dias de confinamento rigoroso. Desde novembro de 2021 que a quarentena se mantém de maneira flexibilizada.
Em 03 de janeiro de 2022, a Venezuela iniciou a aplicação da vacinação de reforço, ou terceira dose, das vacinas russa Sputnik V e da chinesa Sinopharm.
A covid-19 provocou pelo menos 5.698.322 de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 20.077 pessoas e foram contabilizados 2.795.830 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante do mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.
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