Estes são os desenvolvimentos semanais mais significativos, salvaguardando a agência de notícias francesa (AFP) que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do número real, já que muitos países não têm dados credíveis, e que as comparações entre países devem ser cautelosas, porque as políticas de testagem diferem de um país para outro.
No que diz respeito às estatísticas por país, a análise inclui apenas os que têm pelo menos 500.000 habitantes e cuja taxa de incidência ultrapassa os 50 casos semanais por 100.000 habitantes.
Os principais dados analisados pela AFP:
Mais de três milhões de casos diários
Com 3,03 milhões de infeções diárias registadas no mundo, o indicador cai pela primeira vez (-10% em relação à semana anterior) após 15 semanas consecutivas de aumentos, segundo a AFP com base em dados comunicados até esta quinta-feira.
Quase todas as regiões do mundo recuaram
Esta semana, a maioria das regiões do mundo está a ver a sua situação melhorar. É o caso dos Estados Unidos e Canadá (-38%), África (-21%), Ásia (-16%), América Latina e Caraíbas (-13%) e Médio Oriente (-4%).
Na Europa a situação é quase estável (+1%) e na Oceânia o aumento acentuado das infeções esta semana (+78%) deve-se inteiramente a um aumento na Austrália, sem o qual os casos diários descem cerca de 10%.
Principais aumentos
O Irão é o país com maior aceleração na última semana (+233%) em relação à semana anterior, com 27.200 novos casos diários.
Seguiram-se as Ilhas Salomão (+138%, registando 200 casos), a Arménia (+137%, 3.000 casos), o Azerbaijão (+133%, com 4.700) e a Coreia do Sul (+100%, contando 18.500).
Principais declínios
A República Dominicana foi esta semana o país com maior queda de contágios semanal (-65%, com 1.300), à frente do Nepal (-55%, com 3.300), Argentina (-51%, com 44.000), Jamaica (-50%, com 400) e Marrocos (-49%, com 3.100).
Maior número de novas infeções
Os Estados Unidos continuaram a ser o país com maior número de novas infeções em termos absolutos esta semana, apesar do forte declínio (362.800 casos diários, -39%), à frente da França (289.200, -20%) e da Índia (204.500, -33%).
Em proporção da população, o país com mais casos esta semana foi a Dinamarca (5.337 por 100.000 habitantes), à frente da Eslovénia (5.112), Israel (4.497), Geórgia (3.508) e Portugal (3.455).
Mortes a aumentar em termos globais
O número de mortes diárias aumentou acentuadamente pela quarta semana consecutiva a nível mundial (+16%), com 10.507 mortes por dia.
Mas enquanto nesta vaga, em que a variante Ómicron do novo coronavírus que causa a covid-19 se registaram no auge quatro vezes mais infeções diárias do que no auge das vagas anteriores, as mortes diárias continuam a ser muito inferiores ao recorde verificado em janeiro de 2021, quando rondaram as 15.000.
Os Estados Unidos têm o maior número absoluto de mortes diárias, 2.576 esta semana, à frente da Índia (1.040) e do Brasil (702).
Em proporção da população, o país com mais mortes na última semana foi novamente a Bósnia-Herzegovina (11 mortes por 100.000 habitantes), à frente da Croácia (8,9 mortes por 100.000 habitantes), da Macedónia do Norte (8,7), da República de Montenegro e da Bulgária (8,0 mortes por 100.000 habitantes cada um).
Leia Também: Associações pedem fim de restrições a atividades desportivas nos Açores