O contacto telefónico de 40 minutos inseriu-se "numa lógica de coordenação", segundo a Presidência, antes da deslocação do chefe de Estado francês a Moscovo para um encontro com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, e na terça-feira a Kiev, onde deverá reunir-se com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenski.
Macron disse que vai "discutir os termos da desescalada" na fronteira ucraniana, onde os ocidentais acusam Moscovo de ter concentrado dezenas de milhares de soldados para uma eventual invasão do país vizinho, intenção que a Rússia desmente, afirmando apenas que pretende garantir a sua segurança.
Do lado da Presidência norte-americana, a propósito do contacto realizado hoje, Washington informou que os dois líderes discutiram "os esforços diplomáticos e de dissuasão em curso em resposta à contínua escalada militar da Rússia na fronteira ucraniana".
Durante o fim de semana, o chefe do Eliseu (Presidência francesa) manteve contactos com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, com o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, e com os dirigentes dos três países bálticos, o Presidente lituano, Gitana Nauseda, e os primeiros-ministros letão, Krisjanis Karins, e estónio, Kaja Kallas.
Macron já tinha contactado Biden na terça-feira, com os dois Presidentes a manifestarem "apoio à soberania e integridade territorial da Ucrânia" e a prometerem manter-se "em contacto estreito" sobre este tema.
"Decidiram voltar a contactar em breve", precisou hoje a Presidência.
"É necessário ser muito realista", afirmou Emmanuel Macron, em declarações ao semanário JDD.
"Não aceitaremos posições unilaterais" por parte da Rússia, "mas é indispensável evitar uma degradação da situação antes de construir os mecanismos e os gestos de confiança recíprocas", indicou.
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