Estas detenções, realizadas no decurso de 13 buscas policiais na região de Antuérpia (norte da Bélgica), destinaram-se a "limitar de forma eficaz as atividades" deste grupo potencialmente perigoso, indicou a procuradoria federal.
Não foram fornecidas informações sobre as atividades suspeitas que justificaram esta operação.
Os 13 homens deverão comparecer nas próximas 48 horas perante um juiz, que confirmará a sua detenção ou libertação.
A operação, que decorreu "sem incidentes", mobilizou uma centena de agentes da polícia judiciária federal e inseriu-se numa investigação iniciada há vários meses por um juiz de instrução antiterrorista de Antuérpia, segundo a mesma fonte.
"Parecia estar a formar-se um grupo em Antuérpia no interior do movimento salafista 'jihadista'", limitou-se a referir o procurador em comunicado.
As cidades belgas de Bruxelas e Antuérpia foram no passado consideradas bases recuadas do 'jihadismo' internacional.
Antuérpia foi a base do grupo Sharia4Belgium que propunha a 'jihad' (termo usado para indicar a "guerra santa") quando foi anunciado em 2010, com diversos dos seus membros a irem combater para a Síria.
O seu antigo líder Fouad Belkacem, natural de Antuérpia e de origem marroquina, foi condenado em 2015 a 12 anos de prisão e destituído da nacionalidade belga em 2018.
O Sharia4Belgium está hoje dissolvido, mas a justiça belga receia que se mantenha uma fonte de inspiração para diversos islamitas.
Um dia após os atentados de Paris de 13 de novembro de 2015, que fizeram 130 mortos, a Bélgica -- em particular o bairro popular de Molenbeek --, foi acusada de ser uma base recuada do 'jihadismo' internacional.
As investigações revelaram rapidamente que diversos dos atacantes eram originários de Molenbeek e que essas ações foram em grande parte preparadas em território belga.
A Bélgica também se tornou num alvo alguns dias após a detenção em Bruxelas de Salah Abdeslam, o único membro ainda vivo dos comandos 'jihadistas' de Paris, onde está atualmente a ser julgado.
Em 22 de março de 2016, a capital belga foi atingida por um duplo atentado igualmente atribuído ao grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI).
Ao agirem precipitadamente, os membros da mesma célula 'jihadista' que antes tinha atacado Paris fizeram explodir-se no aeroporto de Zaventem e no metro, provocando 32 mortos e 340 feridos.
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