"A missão é garantir a segurança na Europa, e acredito que seremos bem-sucedidos", declarou o dirigente alemão, numa conferência de imprensa em Berlim com a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen.
"Se a compararmos com a situação de há algumas semanas, há agora discussões bilaterais entre os Estados Unidos e a Rússia, há o formato de debate NATO-Rússia (...), há também debates na OSCE [Organização para a Segurança e Cooperação na Europa], que é novamente uma plataforma de discussão sobre a segurança na Europa", enumerou Scholz, que vê "progressos" em todas estas instâncias de diálogo.
Criticado nos últimos dias pela sua discrição e alegada complacência em relação a Moscovo, o chanceler alemão está agora presente em todas as frentes, tendo efetuado uma visita ao Presidente norte-americano, Joe Biden, na passada segunda-feira, antes de, na próxima semana, se deslocar a Kiev e Moscovo.
Inquirido sobre o gasoduto Nord Stream 2, que liga a Rússia e a Alemanha e poderá fazer parte de sanções a impor a Moscovo em caso de invasão da Ucrânia, Scholz não quis entrar em pormenores sobre uma possível resposta.
"Estamos de acordo quanto ao facto de que atuaremos em conjunto no que diz respeito às sanções que serão impostas [em caso de ataque russo] e que estão muito bem preparadas", indicou Olaf Scholz, assegurando: "A qualquer momento, se a situação surgir, estamos em condições de tomar a decisão em conjunto", entre ocidentais.
"Decidimos não revelar o conjunto do leque" de eventuais sanções", acrescentou.
No entanto, o sucessor de Angela Merkel confidenciou a senadores norte-americanos, na sua deslocação a Washington no início da semana, que o gasoduto não chegará a funcionar em caso de invasão russa.
O Ocidente acusa a Rússia de ter concentrado dezenas de milhares de tropas na fronteira da Ucrânia para invadir novamente o país, depois de lhe ter anexado a península da Crimeia em 2014.
O Presidente russo, Vladimir Putin, nega qualquer intenção bélica, mas condiciona o desanuviamento da crise a exigências que diz serem necessárias para a segurança da Rússia, incluindo garantias de que a Ucrânia nunca fará parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).
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