Antony Blinken e os homólogos sul-coreano, Chung Eui-yong, e o japonês, Hayashi Yoshimasa, reafirmaram unidade dos três países face à ameaça norte-coreana numa reunião em Honolulu, no Havai, no sábado.
Pyongyang "deve cessar as atividades ilegais e iniciar um diálogo", de acordo com uma declaração conjunta, na qual classificaram "de desestabilização" os sete testes de armas realizados pela Coreia do Norte desde o início deste ano.
Washington, Tóquio e Seul "não têm intenções hostis" em relação a Pyongyang e continuam a procurar o diálogo "sem condições prévias", acrescentaram os três chefes da diplomacia.
A Coreia do Norte "está numa fase provocatória", disse, numa conferência de imprensa conjunta com os dois homólogos.
"Continuamos a procurar formas de responsabilizar [a Coreia do Norte]" pelas ações que desenvolve, acrescentou Blinken, citando as recentes sanções de Washington contra oito indivíduos e organizações ligadas ao regime do líder norte-coreano, Kim Jong-un.
A visita de Blinken ao Havai decorreu no regresso de uma visita à Austrália e às ilhas Fiji. Em Melbourne, participou numa reunião do Quad, a aliança entre Estados Unidos, Austrália, Japão e Índia destinada a contrariar a crescente influência da China na Ásia-Pacífico.
Durante a deslocação de uma semana, a Casa Branca divulgou um documento de 18 páginas, no qual salientou a centralidade da região, rebatizada de Indo-Pacífico pela diplomacia norte-americana, aos interesses dos Estados Unidos.
"Esta estratégia reflete a verdade fundamental de que, mais do que em qualquer outra parte do mundo, o que acontece nesta região irá afetar a vida dos americanos e das pessoas em todo o lado", disse Blinken, em Honolulu.
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