Os refugiados estão concentrados ao relento no distrito de Sanje, no sul de Maláui, disse o alto comissário de Moçambique no Maláui, Elias Zimba, citado hoje pela Rádio Moçambique.
Depois de perderem os seus bens e serem obrigados a fugir, as vítimas da tempestade tropical Ana vivem agora ao relento, enfrentando escassez de comida e sem redes mosquiteiras para se prevenirem da malária.
"Estou há uma semana sem receber nada, nem esteira [para dormir] tenho", disse Fátima Afonso, uma das deslocadas, à rádio estatal.
Pelo menos 116 pessoas morreram na passagem da tempestade tropical Ana por Madagáscar, Moçambique e Maláui, 25 das quais no país lusófono, de acordo com os dados da organização das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários.
Em Moçambique, a tempestade atingiu as províncias da Zambézia, Nampula e Tete, tendo deixado 25 mortos e 22 feridos, além de ter destruído 13.600 casas e deixado mais de 140 mil pessoas desalojadas.
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