Enquanto se realizam reuniões COBRA (Cabinet Office Briefing Rooms) sobre a situação na Ucrânia presididas pela ministra dos negócios estrangeiros, Liz Truss, Boris Johnson decidiu falar sobre o tema em visita à Escócia.
Durante a visita, o primeiro-ministro fez questão de salientar que "a evidência [de invasão] é bastante clara. Existem cerca de 130 mil soldados reunidos na fronteira ucraniana".
"Há todos os tipos de outros sinais que mostram que há sérios preparativos para a invasão", avisou o governante, alertando que esta é uma "situação muito, muito perigosa e difícil".
Resumiu dizendo: "Estamos à beira de um precipício". Porém, destacou que "ainda há tempo" para o presidente russo, Vladimir Putin, "dar um passo atrás".
Disse ainda que o que pede é que simplesmente "todos entrem em diálogo, que uma conversa aconteça e que os russos evitem o que eu acho que todos - certamente todos no Reino Unido - podem ver que seria um erro desastroso, desastroso para a Rússia".
Boris vai falar nas próximas horas com vários líderes mundiais, incluindo o presidente dos EUA, Joe Biden, mas aproveitou este momento para apelar a que outros países "aprendam com as lições" da invasão russa da Crimeia em 2014. E realçou a importância de, na sua opinião, "todos os países europeus" reduzirem a sua dependência do petróleo e do gás russos.
Terminou a falar sobre os oleodutos entre a Rússia e a Europa, referindo ser necessário que as capitais europeias tirem "o Nord Stream da corrente sanguínea".
Para Boris é necessário a Europa "encontrar fontes alternativas de energia e precisamos de nos preparar para impor algumas consequências econômicas muito, muito severas à Rússia", acrescentou.
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