Zimbabué deixa de pagar salário a funcionários públicos sem vacina

O Governo do Zimbabué anunciou que vai deixar de pagar salários aos funcionários públicos sem vacina contra a covid-19 e ordenou aos que estão em teletrabalho, a maioria há mais de um ano, para regressarem aos locais de trabalho.

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Lusa
15/02/2022 18:39 ‧ 15/02/2022 por Lusa

Mundo

Zimbabué

Esta última medida tem "efeito imediato", informou hoje a imprensa estatal.

Nas últimas semanas, o país da África Austral foi flexibilizando as restrições às reuniões públicas, uma vez que os casos da variante Ómicron começaram a diminuir.

As pessoas sem provas de vacinação ficam impedidas de trabalhar, enfrentarão "processos disciplinares" e perdem o salário, noticiou o jornal estatal Herald, citando um aviso governamental a que a agência de notícias Associated Press teve acesso.

Aqueles que não podem ser vacinados por motivos médicos devem apresentar um certificado de isenção de um médico, de acordo com o aviso da Comissão de Serviço Público, que é responsável pelas condições de trabalho dos funcionários do governo.

Os departamentos governamentais têm vindo a funcionar com o mínimo de pessoal, enquanto a maioria dos funcionários trabalhava a partir de casa, como determinava uma das medidas de combate à propagação da pandemia que vigorava desde 2020.

Em setembro do ano passado, o Governo ordenou que todos os seus 500.000 trabalhadores fossem vacinados contra o novo coronavírus. A maior federação de trabalhadores do país recorreu aos tribunais para contestar a obrigatoriedade da vacinação imposta pelo Governo e empregadores privados.

Cerca de 22% dos 15 milhões de habitantes do Zimbabué receberam duas doses da vacina e o Governo facultou doses de reforço para os interessados.

No final do ano passado, o Zimbabué iniciou a fase de vacinação para crianças com 16 anos ou mais, dizendo ter adquirido vacinas suficientes para tal, principalmente da Sinopharm e Sinovac, chinesas.

O Governo tinha como objetivo vacinar mais de 60% da população até ao final de 2021 e está agora a tentar alcançar essa meta, em 2022.

A covid-19 provocou pelo menos 5.823.938 mortos em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.

Leia Também: Presidente moçambicano vê Zimbabué como "aliado natural" em projetos

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