Final feliz. Homem reencontra cães após enxurradas em Petrópolis

Ainda assim, o homem continua à procura da avó, de 65 anos, e do irmão, de 18 anos, que estão desaparecidos.

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Notícias ao Minuto
17/02/2022 10:02 ‧ 17/02/2022 por Notícias ao Minuto

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Brasil

Num cenário devastador, provocado pelas fortes chuvadas que se abateram sobre Petrópolis, no Rio de Janeiro, na terça-feira, um homem conseguiu reencontrar os seus ‘fieis companheiros’.

Na manhã de ontem, Carlos Menezes resgatou o seu cão Pitoco, adotado há cerca de um ano. O animal tinha desaparecido depois de um deslizamento de terras no Morro da Oficina, uma das áreas mais afetadas pelo temporal, e, apesar dos esforços das equipas veterinárias, recusava-se a descer da 'montanha' de lama. Pitoco só cedeu quando Carlos foi ao local.

"O Pitoco estava morder e tudo mais e não estava a sair de lá com ninguém. Por isso fui lá", explicou, em declarações ao UOL.

Mais tarde, a Clinipet, que tentou resgatar Pitoco, ligou-lhe para dizer que tinham encontrado Ziron, de cinco anos.

Carlos não tinha qualquer esperança de encontrar os animais, recordando que "não conseguia ouvir nenhum latido deles". "Pensei 'se eu não consigo ouvir nem os meus familiares, como é que vou ouvir os meus cães?'."

No entanto, Carlos procura ainda a avó, de 65 anos, e o irmão, de 18 anos, que estão desaparecidos.

"Neste momento, não estou a pensar muito em mim. Estou a pensar em cuidar da minha mãe, do meu irmão, que vão viver comigo. Pensei 'cara, este é um acalento para a minha mãe, um presente, um sinal de que as coisas podem dar certo'", referiu.

Segundo o último balanço da Secretaria Estadual de Defesa Civil, pelo menos 104 pessoas morreram devido à devastação provocada pela chuva forte, oito das quais são crianças.

Cerca de 35 pessoas estão a ser procuradas e mais de 370 foram acolhidas em abrigos improvisados, com 80 casas soterradas em Morro da Oficina. Foram ainda contabilizados 269 deslizamentos de terras e 325 ocorrências, estando à volta de 300 bombeiros à procura dos desaparecidos.

O desastre levou a que a cidade decretasse estado de calamidade pública e luto de três dias, com reforço das equipas hospitalares para o atendimento às vítimas. Até ao momento, 24 pessoas foram resgatadas com vida.

Recorde-se que, em 2011, ocorreu a maior tragédia meteorológica alguma vez registada no Brasil, quando as tempestades provocaram mais de 900 mortos e uma centena de desaparecidos em Petrópolis e cidades vizinhas.

Leia Também: "Tragédia histórica". Número de mortos em Petrópolis sobe para 104

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