Ucrânia. Duas regiões separatistas anunciaram a retirada de cidadãos

A medida foi anunciada pelos representantes de ambas as regiões da Ucrânia de leste.

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Notícias ao Minuto e Lusa
18/02/2022 15:54 ‧ 18/02/2022 por Notícias ao Minuto e Lusa

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Duas regiões separatistas da Ucrânia de leste - Donetsk e Luhansk - anunciaram, esta sexta-feira,  a retirada dos seus moradores para Rússia, após um aumento nos bombardeamentos nos últimos dias.

O primeiro anúncio foi feito pelo líder separatista da República Popular de Donetsk, Denis Pushilin, apoiado pela Rússia no leste da Ucrânia, que anunciou o início da evacuação da sua região para o sudeste da Rússia.

A medida foi anunciada nas redes sociais. Na intervenção, Pushilin disse que a Rússia concordou em fornecer um local para as pessoas que vão abandonar o país. Referiu ainda que mulheres, crianças e idosos devem ser priorizados na evacuação.

Mais tarde, também o líder da República Popular de Luhansk, Leonid Pasechnik, citado pela CNN, disse em comunicado que “devido à escalada de tensão na linha de contato", instruiu "os chefes dos territórios da República a garantir a evacuação organizada da população... e ajudá-la a sair pelos postos de fronteira”.

Acrescentou ainda que “a Federação Russa está pronta para fornecer receção e acomodação organizadas no território aos residentes da República Popular de Luhansk”.

Perante estas informações, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a situação na região é "potencialmente muito perigosa".

As manobras de evacuação acontecem num momento em que o comandante das Forças Armadas da Ucrânia, Valery Zaluzhny, relatou na rede social Facebook que o seu posto de controlo na região de Luhansk foi alvo de um ataque por parte dos separatistas, durante a madrugada de hoje.

Zaluzhny assegurou que os separatistas dispararam tiros com metralhadoras de grande calibre, morteiros e lança-granadas, a partir da cidade de Veselaya Gora, não havendo, para já, registo de vítimas entre os militares ou os civis ucranianos. "Quatro veículos do comboio humanitário passaram pelo posto de controlo e as pessoas foram retiradas para um abrigo", disse.

Contudo, Zaluzhny garantiu que não está em curso nenhuma "operação ofensiva ou bombardeamento de civis", acrescentando que a ação das forças ucranianas "são puramente defensivas".

As forças militares ucranianas salientaram que a zona de conflito - que em quase oito anos provocou mais de 14 mil mortos - continua sob controlo das forças governamentais.

Apesar deste anúncio, uma fonte da agência Reuters conta que ainda não existem movimentações de evacuação por parte dos cidadãos desta zona da Ucrânia.

Relembra-se que, os EUA e os aliados da NATO temem que o aumento da violência nesta região possa fazer parte de um pretexto russo para invadir a Ucrânia.

Leia Também: Ucrânia. Guterres diz que seria "catastrófico" se crise intensificasse

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