UE aprova sanções: "Violações russas não passarão sem resposta"

Todos os membros do parlamento russo, além de 27 outras entidades e membros do governo da Bielorrússia, serão afetados pelas sanções económicas.

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© OLIVIER MATTHYS/POOL/AFP via Getty Images

Hélio Carvalho
22/02/2022 17:26 ‧ 22/02/2022 por Hélio Carvalho

Mundo

Ucrânia/Rússia

O Alto Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, anunciou esta terça-feira que o pacote de sanções previamente anunciado contra a Rússia foi aprovado por unanimidade, por todos os ministros dos Negócios Estrangeiros dos Estados-membros da UE.

As sanções dirigem-se a todos os membros da Duma, a câmara baixa do parlamento russo, além de 27 outras entidades e indivíduos que apoiaram o governo russo na sua "violação do direito internacional", e ainda membros do governo bielorrusso.

Falando numa conferência de imprensa ao lado do ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Borrell explicou que "as graves violações que a Rússia cometeu não passarão sem resposta".

"Estamos unidos nesta frente e vamos elevar as sanções de acordo com o comportamento da Rússia", garantiu o diplomata europeu.

Borrell deixou claro que este é "um momento particularmente perigoso para a Europa" e que o pacote "atingirá a Rússia e atingirá muito".

As sanções têm como objetivo isolar financeiramente as entidades e indivíduos que "estão envolvidos na decisão ilegal" de reconhecer as repúblicas separatistas de Luhansk e Donetsk, contra os Acordos de Minsk de 2014.

Além disso, Borrell também avisou que seriam sancionados decisores políticos, militares e empresas que têm "levado a cabo a guerra da desinformação" e os ciberataques "que já começaram e vão continuar".

O pacote inclui ainda membros do governo da Bielorrússia, país que tem apoiado os esforços militares russos e que acolheu milhares de tropas russas no seu território, junto à fronteira com a Ucrânia.

Josep Borrell elogiou e enviou "uma palavra de agradecimento" à decisão da Alemanha de interromper a certificação do gasoduto Nord Stream 2, que "tornou a nossa mensagem unida de hoje ainda mais forte". Mas vincou que "a ameaça de conflito armado é real" e pede que se continue a procurar a via diplomática para resolver o conflito.

[Notícia atualizada às 18h14]

Leia Também: Ucrânia. Reino Unido impõe sanções a três oligarcas e cinco bancos russos

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