Von der Leyen. Rússia "fabricou" crise e é responsável pela escalada

Presidente da Comissão Europeia garante ainda que UE agirá de forma "rápida e unida" e tornará "o mais difícil possível para o Kremlin" adotar políticas agressivas.

Notícia

© Shutterstock

Marta Ferreira
22/02/2022 18:06 ‧ 22/02/2022 por Marta Ferreira

Mundo

Tensão Rússia/Ucrânia

A presidente da Comissão Europeia Ursula Von der Leyen fez, esta terça-feira, uma declaração à imprensa sobre as medidas que a Europa irá adotar em resposta à decisão de Putin de reconhecer a independência das regiões separatistas de Lugansk e Donetsk.

Von der Leyen afirma que a Rússia "fabricou" a crise com a Ucrânia e é responsável pela escalada do conflito. Garante ainda que UE agirá de forma "rápida e unida" tornará "o mais difícil possível para o Kremlin" adotar políticas agressivas.

Von der Leyen alerta ainda que está pronta a acionar sanções se a Rússia mantiver a escalada de tensão. 

Relativamente às sanções hoje aprovadas pelos 27, a representante considerou tratar-se de um "sólido pacote", com "uma série de medidas calibradas", que constituem "uma resposta clara às violações do direito internacional por parte do Kremlin (Presidência russa)".

"As sanções visam diretamente os indivíduos e empresas envolvidos nestas ações. Visam os bancos que financiam o aparelho militar russo e contribuem para a desestabilização da Ucrânia. Estamos também a proibir o comércio entre as duas regiões separatistas e a UE - tal como fizemos após a anexação ilegal da Crimeia em 2014. E, finalmente, estamos a limitar a capacidade do Governo russo de angariar capital nos mercados financeiros da UE", apontou.

A dirigente alemã disse ainda estar totalmente de acordo com o Governo alemão relativamente ao gasoduto Nord Stream 2, para a distribuição de gás natural russo à Alemanha, cujo processo de certificação foi hoje interrompido por Berlim.

"O Nord Stream 2 tem que ser avaliado à luz da segurança do aprovisionamento energético para toda a Europa. Porque esta crise mostra que a Europa ainda está demasiado dependente do gás russo. Temos de diversificar os nossos fornecedores e investir fortemente em energias renováveis. Este é um investimento estratégico na nossa independência energética", declarou.

Recorde-se que esta terça-feira, a União Europeia condenou a decisão do presidente russo naquilo que que considera ser uma "grave violação" do direito internacional e garantiu uma resposta ocidental "com unidade e firmeza".

"O reconhecimento dos dois territórios separatistas na Ucrânia é uma violação flagrante do direito internacional, da integridade territorial da Ucrânia e dos acordos de Minsk", reagiram ontem os presidentes do Conselho Europeu, Charles Michel, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Leia Também: NATO espera ataque russo em larga escala e prepara forças militares

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas