China recusa paralelo entre crise ucraniana e tensões em Taiwan

A China criticou hoje as comparações "sem sentido" feitas pela líder de Taiwan, Tsai Ing-wen, entre a situação na Ucrânia, sob ameaça de uma invasão russa, e a ilha de Taiwan, que Pequim ameaça reunificar pela força.

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Lusa
23/02/2022 13:26 ‧ 23/02/2022 por Lusa

Mundo

Ucrânia

Taipé condenou a decisão da Rússia de preparar o envio de tropas para territórios disputados na Ucrânia e ordenou que os militares taiwaneses preparem a sua própria defesa contra Pequim.

Sem nomear, Tsai disse que "forças externas estão a tentar manipular a situação na Ucrânia e a afetar o moral da sociedade" em Taiwan.

"O facto de as autoridades taiwanesas estarem a escalar a questão ucraniana" e a fingir estarem alarmadas com a situação é "insano", reagiu Hua Chunying, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China.

"Taiwan não é, definitivamente, a Ucrânia. Taiwan sempre foi uma parte inalienável do território chinês. Este é um fato histórico e legal irrefutável", apontou.

Pequim intensificou a pressão militar, diplomática e económica sobre Taiwan desde que Tsai Ing-wen ascendeu ao poder, em 2016. Ao contrário do seu antecessor, Tsai acredita que a ilha é uma nação soberana e não parte da China.

Não reconhecido como Estado independente pela ONU, Taiwan tem 23 milhões de habitantes e um sistema político democrático.

A China adotou uma postura cautelosa em relação à Ucrânia, mas também tem oferecido apoio crescente ao Presidente russo, Vladimir Putin.

No início deste mês, Moscovo e Pequim assinaram uma declaração conjunta na qual concordaram em vários objetivos de política externa, incluindo rejeitar a expansão da NATO e com o retorno de Taiwan à China.

China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas.

Leia Também: Ucrânia. China acusa Estados Unidos de "atirar gasolina para o fogo"

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