Taipé condenou a decisão da Rússia de preparar o envio de tropas para territórios disputados na Ucrânia e ordenou que os militares taiwaneses preparem a sua própria defesa contra Pequim.
Sem nomear, Tsai disse que "forças externas estão a tentar manipular a situação na Ucrânia e a afetar o moral da sociedade" em Taiwan.
"O facto de as autoridades taiwanesas estarem a escalar a questão ucraniana" e a fingir estarem alarmadas com a situação é "insano", reagiu Hua Chunying, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China.
"Taiwan não é, definitivamente, a Ucrânia. Taiwan sempre foi uma parte inalienável do território chinês. Este é um fato histórico e legal irrefutável", apontou.
Pequim intensificou a pressão militar, diplomática e económica sobre Taiwan desde que Tsai Ing-wen ascendeu ao poder, em 2016. Ao contrário do seu antecessor, Tsai acredita que a ilha é uma nação soberana e não parte da China.
Não reconhecido como Estado independente pela ONU, Taiwan tem 23 milhões de habitantes e um sistema político democrático.
A China adotou uma postura cautelosa em relação à Ucrânia, mas também tem oferecido apoio crescente ao Presidente russo, Vladimir Putin.
No início deste mês, Moscovo e Pequim assinaram uma declaração conjunta na qual concordaram em vários objetivos de política externa, incluindo rejeitar a expansão da NATO e com o retorno de Taiwan à China.
China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas.
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