O anúncio foi feito pelo porta-voz da NATO, que adiantou que as consequências do ataque serão discutidas na reunião.
O secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg, está "a acompanhar a situação de perto" e dará "uma conferência de imprensa após a reunião", disse.
Stoltenberg já tinha condenado fortemente o ataque "imprudente e não provocado" da Rússia à Ucrânia, que considera pôr em risco "incontáveis vidas de civis", e lamentou que Moscovo tenha escolhido o "caminho da agressão".
O secretário-geral observou que "mais uma vez, apesar das repetidas advertências e incansáveis esforços para exercer a diplomacia", a Rússia "escolheu o caminho da agressão contra um país soberano e independente".
"É uma grave violação do direito internacional e uma séria ameaça à segurança euro-atlântica", alertou.
Por todas essas razões, pediu à Rússia "que cesse imediatamente a sua ação militar e respeite a soberania e a integridade territorial da Ucrânia", que é parceira, mas não membro da NATO.
Stoltenberg assegurou que a organização "fará todo o que for necessário para proteger e defender os aliados".
O secretário-geral da NATO tinha um encontro marcado hoje de manhã com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, mas foi cancelado.
O exército russo confirmou hoje o início do bombardeamento de território da Ucrânia, mas garantiu que os ataques têm apenas como alvo bases aéreas ucranianas e outras áreas militares, não zonas povoadas.
Num comunicado citado pela agência noticiosa estatal russa TASS, o ministério russo da Defesa disse que está a usar "armas de alta precisão" para inutilizar a "infraestrutura militar, instalações de defesa aérea, aeródromos militares e aviação das Forças Armadas da Ucrânia".
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kouleba, acusou a Rússia de ter iniciado uma "invasão em larga escala".
Foram registadas hoje fortes explosões em pelo menos cinco cidades da Ucrânia, incluindo na capital, Kiev, horas depois do Presidente russo, Vladimir Putin, ter anunciado o início de uma operação militar na Ucrânia.
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