Reino Unido poderá oferecer "apoio" a um governo ucraniano no exílio
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, sugeriu hoje ao Presidente ucraniano que procurasse um "local seguro" e admitiu que o Reino Unido poderá oferecer "apoio" a um governo ucraniano no exílio se o país for subjugado pela Rússia.
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Mundo Ucrânia
"Uma das coisas que mencionei ao presidente [Volodymyr] Zelensky esta manhã foi que talvez fosse necessário que ele encontrasse um lugar seguro para ele e seu Governo", disse Johnson aos deputados.
O chefe do Governo britânico respondia ao deputado do Partido Conservador, Julian Lewis, que recordou que, nos anos 1950, o Reino Unido "deu refúgio aos governos no exílio dos estados bálticos ocupados", Johnson .
"Se, como parece provável, a Ucrânia for subjugada, vamos oferecer refúgio a um governo no exílio até que a Ucrânia ser libertada?", perguntou Lewis.
"É claro que daremos todo o apoio que pudermos, logístico ou não, como o Reino Unido sempre fez com governos no exílio", disse o primeiro-ministro.
Johnson foi ao parlamento atualizar os deputados sobre a situação na Ucrânia e apresentar um novo pacote de sanções que inclui o congelamento dos ativos dos principais bancos russos, impedir que as empresas russas tenham acesso a financiamento e a interdição da companhia aérea Aeroflot do território britânico.
Ao todo, mais de uma centena de pessoas entidades e cidadãos são afetados, incluindo dirigentes de empresas estatais russas.
Entretanto, o Ministério do Interior anunciou uma extensão dos vistos de trabalho, estudante ou de visita à família no Reino Unido a cidadãos ucranianos, bem como a facilitação de vistos para familiares de britânicos residentes da Ucrânia que queiram sair do país.
A Rússia lançou hoje de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocou pelo menos meia centena de mortos, 10 dos quais civis, em território ucraniano, segundo Kiev.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo dos seus "resultados" e "relevância".
O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.
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