A organização intergovernamental, com 38 países membros, reuniu o seu Conselho para tomar "uma série de decisões iniciais" contra o regime do Presidente russo, Vladimir Putin, depois de, na quinta-feira, ter condenado "a agressão em larga escala da Rússia contra a Ucrânia nos mais veementes termos".
"Em primeiro lugar, o Conselho decidiu pôr termo formal ao processo de adesão com a Rússia, que tinha sido adiado em 2014", ano em que a Rússia ocupou a Crimeia, anunciou a OCDE em comunicado.
O Conselho resolveu também encerrar o gabinete da OCDE em Moscovo e "para pôr termo a todos os convites à Rússia a nível ministerial e nos organismos em que participava como convidada".
A OCDE suspendeu também a celebração de quaisquer novos acordos de contribuições voluntárias com a Rússia e o seu secretário-geral deve "tomar as medidas necessárias para impedir quaisquer projetos financiados através de contribuições voluntárias da Rússia, que ainda não tenham sido iniciados".
O Conselho anunciou ainda que vai ser reforçado o apoio da OCDE ao governo da Ucrânia e reiterou a solidariedade com o povo ucraniano.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades que já provocaram pelo menos 120 mortos.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus "resultados" e "relevância".
O ataque foi condenado pela comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
Leia Também: EUA acreditam que Rússia usa desinformação para desmoralizar tropas