Olga Malchevska, uma jornalista ucraniana da BBC, não contava que hoje estaria em direto, em Londres, a comentar a destruição de algumas zonas de Kiev e que numa dessas zonas o seu prédio seria destruído pelos ataques aéreos lançados pelos russos.
Durante a emissão, Olga Malchevska acabou por revelar, emocionada, que o bloco de apartamentos atingido, que vinha a ser amplamente partilhado nas redes sociais, era a casa da sua família em Kiev, onde cresceu.
“Quando concordámos em ir a estúdio esta manhã, não podia imaginar que, na verdade, às 3 da manhã, horário de Londres, descobriria que a minha casa foi bombardeada", admite a jornalista à pivô da BBC World News, Karin Giannone .
Felizmente, a família de Olga não se encontrava no apartamento e estavam todos bem. “Acabei de receber uma mensagem da minha mãe, finalmente", diz em estúdio.
The moment my @bbcukrainian colleague @Yollika sees pictures of her family home, partially destroyed overnight in #Kyiv.
— Karin Giannone (@KarinBBC) February 25, 2022
We did not know until that moment it was her actual building that had been hit.
Thankfully Olga’s family is safe. pic.twitter.com/rglna1tvEA
“Ela está num abrigo, escondida numa cave e felizmente não estava no nosso prédio, que foi bombardeado à noite”, revela a jornalista com a voz trémula.
“Estas fotos, aquele vídeo que todos viram é literalmente a minha casa e as pessoas foram retiradas na escola onde estudei, graças a Deus que a minha família está segura", desabafa acrescentando ainda não acreditar que aquilo aconteceu.
“Eu morava no sexto andar. Eu simplesmente não consigo acreditar que o que estou a ver é realmente o lugar onde eu morava”, conclui.
Nas primeiras horas desta manhã, várias explosões foram ouvidas em diferentes partes de Kiev e as sirenes de ataque aéreo também dispararam.
O presidente da câmara de Kiev, Vitali Klitschko, confirmou que pelo menos três pessoas ficaram feridas no bombardeamento deste prédio de vários andares que desencadeou posteriormente um incêndio.
Leia Também: Casal passa 1.º dia de casamento a recolher armas para defender a Ucrânia