Neste último país, milhares de pessoas saíram à rua, mil das quais, segundo a polícia, se concentraram em frente à sede das Nações Unidas, em Genebra, exigindo medidas fortes contra a Rússia.
Outra grande concentração ocorreu em Berna, capital federal, sob o lema "Paz para a Ucrânia e toda a Europa".
Uma declaração conjunta do Partido Socialista, dos Verdes e das suas organizações da juventude, bem como de grupos pela paz, pediu não apenas sanções severas, mas também que a Suíça aceite 10.000 refugiados ucranianos.
Em duas cidades no sul da França, Marselha e Montpellier, algumas centenas de pessoas desfilaram aos gritos de "Parem a guerra, parem (o Presidente russo, Vladimir) Putin" ou pedindo à NATO para agir. Uma outra concentração está marcada para Paris.
Na capital de Itália, Roma, foram também milhares, entre cidadãos ucranianos, políticos, membros de sindicatos, estudantes e professores, os que se manifestaram para pedir paz na Ucrânia e repudiar o ataque militar lançado pela Rússia.
A mobilização, na qual participaram também 40 associações, realizou-se numa praça central romana, sob o lema "Contra a guerra, por uma Europa de paz" e começou com um minuto de silêncio pelas vítimas do conflito, que já provocou pelo menos 198 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos em território ucraniano, segundo Kiev.
O ministro do Trabalho italiano, Andrea Orlando, afirmou que as sanções económicas à Rússia são "uma ferramenta necessária para atacar aqueles que iniciaram a guerra unilateralmente".
Em Barcelona, Espanha, cerca de 900 pessoas, segundo fontes da polícia municipal, a maioria russos e ucranianos, manifestaram-se hoje contra a guerra, que segundo Putin, visa desmilitarizar o país vizinho.
A manifestação, convocada pela comunidade ucraniana na capital catalã, partiu da praça da Catalunha e as cerca de 500 pessoas desfilaram pelo centro da cidade com cartazes a favor da paz e da liberdade para a Ucrânia.
Os manifestantes, que chamaram "assassino" a Vladimir Putin e pediram apoio internacional, juntaram-se na praça de Sant Jaume, em frente à sede da Generalitat, a membros da comunidade russa, cuja manifestação havia começado na praça da Universidade, contra a invasão da Ucrânia pelo exército do seu país.
Mas foi na Geórgia, a antiga República Soviética, que a mobilização foi particularmente importante na noite de sexta-feira: cerca de 30.000 pessoas marcharam em Tbilissi, agitando bandeiras ucranianas e georgianas e cantando os hinos dos dois países.
A guerra causou um sentimento de 'déjà vu' neste país, que também foi vítima de uma devastadora invasão russa em 2008.
Em Atenas, na noite de sexta-feira, em frente à Embaixada da Rússia, mais de 2.000 pessoas estiveram concentradas em resposta a um apelo do Partido Comunista Grego e do Syriza (esquerda radical). Tradicionalmente pró-Rússia, os dois partidos denunciaram "a invasão da Ucrânia pela Rússia" e uma "guerra imperialista contra um povo".
O Canadá, Argentina, Taipé (Taiwan), Curitiba (Brasil), Nova Iorque e Washington foram outros dos locais palco de manifestações contra a invasão da Ucrânia, lançada pela Rússia na quinta-feira de madrugada com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades.
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