"Nós recebemos armas, medicamentos, alimentos, combustível, dinheiro. Uma coligação internacional forte formou-se para apoiar a Ucrânia, uma coligação anti-guerra", disse Volodymyr Zelensky num vídeo difundido nas redes sociais, citado pela agência France-Presse (AFP).
O Presidente ucraniano saudou concretamente o envio de armas pela Alemanha e Bélgica, bem como o acordo europeu para a exclusão de bancos russos da plataforma internacional de pagamentos SWIFT, engrenagem essencial das finanças mundiais.
Zelensky agradeceu ainda particularmente ao Presidente polaco, Andrzej Duda, pelos seus esforços com vista à integração da Ucrânia na União Europeia.
Denunciando as "ações criminosas" da Rússia contra a Ucrânia, estimou que estas tenham "as características de um genocídio" e exortou a comunidade internacional a privar Moscovo do seu direito de voto no Conselho de Segurança da ONU.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos 198 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 150.000 deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
Leia Também: "Noite passada foi dura. Novos bombardeamentos de bairros habitacionais"