"O Reino Unido apoia absolutamente a Ucrânia durante este conflito muito longo e difícil", disse Truss à televisão Sky News, citada pela agência France-Presse.
O conflito pode durar "vários anos, porque sabemos que a Rússia tem forças significativas", continuou, sublinhando a determinação dos ucranianos em defender "a sua soberania e a sua integridade territorial".
"Este conflito pode ser muito, muito sangrento. Já vimos civis alvejados pelo governo russo", continuou a chefe da diplomacia britânica.
"Peço ao governo que não intensifique o conflito, mas devemos estar preparados para que a Rússia procure usar armas ainda piores", o que seria "extremamente devastador", sublinhou.
O Ocidente aumentou ainda mais a pressão sobre Moscovo na noite de sábado, excluindo os bancos russos da plataforma interbancária Swift e prepara-se para entregar mais armas à Ucrânia.
Foi também decidido restringir ainda mais o acesso do banco central russo aos mercados de capitais, de modo a dificultar as suas tentativas de apoiar o rublo, que caiu após a guerra na Ucrânia.
Sobre a proposta russa de conversações com a Ucrânia, Liz Truss disse que Moscovo deve primeiro retirar suas tropas daquele país. "Não podem negociar com uma arma apontada à cabeça dos ucranianos. Devem [Rússia] primeiro retirar as suas tropas", insistiu Liz Truss.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos 198 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 150.000 deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
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